quarta-feira, 31 de março de 2010

Galhos secos e pedras duras

Trabalhar no campo é como viver um sonho
Despertamos o corpo para a natureza,
O leite é mais leite pela manha o café é mais café nas madrugadas
Varremos a terra na esperança de remover as folhas secas.
De nossa labuta.

Não há farda porque vestimos nossa pele de hora com camisa e outrora sem roupa.
Nosso relógio e o sol que marca os compromissos sem nos avisar.
Tomamos banho de chuva ou na velha bica que anos corre água .

Regamos as plantas em forma de Mão.
Porque nem só de pão vive o homem e nem só de água vive a natureza.
E preciso amor, dedicação, afeto e perseverança.

Choro em ver os porcos, pois são fracos
Comem galhos secos e pedras duras.
Somos Porcos.
Comemos o que não devíamos e passamos todo tipo de cheiro e óleo no corpo para esconder o nosso cheiro de porco.
Damos o nosso lixo para suínos e após sua a engorda o a abatemos
Sem qualquer piedade.

Se formos o que comemos
E comemos o que não queremos
Somos o que Somos
E não o que queremos

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Dedico esse devaneio ao meu amigo Janu, um alucinado que tem compartilhado muito comigo por um ideal de ser o que queremos ser....


Rodrigo Pires

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