segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dia de vida.

Eu queria estar em uma praia ou talvez em uma colina que o vento soprasse forte. Para acompanhar tudo isso, um pão caseiro amassado com suor de gente. Manteiga boa e de bom tom. A música seria o beijo do vento nos grãos ou na mata. Queria ver o sol dormir e talvez dormir com ele. Tentar contar os pontos que brilham no céu e entender quantas eu vezes olhei tudo isso e não dei valor. Queria um balão sem gás, mas com muito abraço para mandar a quem tenho saudade. Pensando melhor, seriam vários balões.

E hoje, eu quero correr para sentir meus pés com todos os dedos e unhas que às vezes não tiro o canto. E que minha mãe reclama muito disso. Quero que minhas pernas se cansem, para que eu sinta quanto é importante que elas tenham saúde de pele, músculo e alma. E que quando eu estiver correndo, me deixem gritar, girar, acelerar, parar, olhar o sol, cantar uma música errada e conjugar o they are ao invés de are they.

Assim:

Quando a noite chegar, quero agradecer ao meu Deus, que não é teu. E melhor, nem meu, mas sim no que eu acredito. E crer é poder. Então minha oração não precisa de forma, às vezes peço calado, chorando, molhado no chuveiro ou pelado pela casa. Não tem rito nem mito. Só fé. A minha fé.

Tenho aprendido que viver é apenas um dia com muitas horas.

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