quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Volta Medo...
O vento em teus cabelos
A boca em teus seios
o sabor do teu cheiro
Me dá medo.
O desejo de cair em letras
A mão ao ombro
O sorriso "retroverso"
A piscada remeleira
Me dá medo.
Esse dia de chuva
Sem água para beber
Essa fome de leite
Que escorre inerte
Me dá medo.
Essa saudade que bate
Ás vezes arde ás vezes morde
Essa mulher "estaneira"
Esse amor "matraqueiro"
Me dá medo.
Medo; Odoro sentir o calor do medo
Te sobe ao peito mais rápido que o sangue
Quando perdemos o medo de ter medo
Só nos resta o arrependimento de ter perdido o medo.
Injuriado
Injuriado ficamos
Injuriado seremos
Injuriado vivemos
Injuriado nos vemos
Injuriado lembramos
Injuriado choramos por jurar demais...
Não jure só ame.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Vou fazer um pedido
Ninguém me escuta então escrevo.
Escrevo para me escutar, para me calar, para gritar e para me sentir.
Escrevo....
No papel, no teclado, no espelho, no seu corpo
Escrevo...
Será meu castigo escrever para a minha solidão ler e reler.
Ah, pobre palavra te uso sem direito e tu sempre sai de minhas mãos
Mas nasce dentro do meu coração, este que se comporta como uma
Estante de títulos ordenados Z á A, tudo errado ao contrário.
Ou,
Ou então estou certo, guardo assim porque gosto de ver a vida de trás para frente, porque nascemos para morrer e morremos para nascer.
Vou fazer um pedido!
Da próxima vez que eu morrer, dei-me algo para escrever para que minha solidão leia e releia antes que eu venha a nascer.
Rodrigo Pires
Marília – São Paulo 16 de julho de 2009.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Brincar de quebra nozes
E quase que pedrajar nosso peito e depois servir em floar
Um sentimento inquebrável não se serve apenas sem reserva
Faz parte de uma barola, quase um perminio de vento e sol
Se o mar está pra peixe o que diria os navagantes se
tivessem que devolver ao mar os fisgados mais nobres
Nenhum pescador por mais inglório que seja tem por
peito a vontade de devolver ao mar aquilo que o azul te clama
Ou seja uma mulher que vem,só vem não volta nem vai!
Rodrigo Pires
O menino e o careca
O careca menino pede ao menino uma navalha
Juntos o menino e o careca vão atrás do mel
O menino pergunta se o careca esta feliz?
O careca responde:
Não, falta um menino dentro de mim
O careca se ergue e sem erro acerta duas navalhadas
O menino se assusta quase ficou careca
Calma menino – disse o careca
- E cana de açúcar melhor que essa não há nessas terras
O menino e o careca se sentam
E no doce degustar de uma cana de caldo caiana
Viram seus rostos no espelho d'água
O menino havia virado careca
E o careca havia virado menino
`Dedico esses versos ao meu avô Tião Careca que sempre será um menino careca`
Goiás Velho ,11 de julho de 2009
Rodrigo Pires
domingo, 24 de janeiro de 2010
Apenas
Apenas a vontade de amar e ser amado
Apenas o querer e ser tocado
Apenas um viver que não sabe onde nascer
Apenas uma paixão que toca sem saber o que
Apenas uma mulher
Apenas um ventre
Apenas um cabelo dourado
Apenas uma pele branca
Apenas o amanhecer tão previsível
Apenas tu e eu
E eu em tu, apenas.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Meu pedaço de carne
Amo, como flor que tem que ser
A cada despetalar da idade florecida
Meus amigos me perdoem o desatino ou até mesmo o pobre devaneio
Mas essa paixão ei de relatar:
Trata-se de uma flor pequena
com uma mão que nunca vi
mas posso sentir com o desejo de pai
que ama e quer uma filha
Ela e tão pequena um botão de flor
Vem andando com seu pequeno "caulinho"
Meio que sarapateia quando ver o meu "eu"
Um velho abobalhado e também apaixonado pela filha que tem
Um dia se casa no outro dia me chora
- Papai não porque não me avisou que o amor é tão assim!
o pobre poeta que sou eu, responde com exemplo de nada:
- Filha minha tu nasceu para o mundo
- Qualquer que seja o outro ou até mesmo o próprio, será apenas o alguém para teu coração de bem
Outro tempo irá me liga em meio a madrugada
sua haste ai de choramingar
Eu que jardineiro pouco sou, irei correndo noite a dentro
Em busca de um beijo que acalme um pedaço de carne
Chamada Cecília, minha filha
Meu Eu
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Só dói...
Nesta viela desandou
O passado mora longe
Perto da tristeza ao lado do medo,bate palma o sofrimento
Virar na esquina do arrependimento não tem volta
Quando se vai já foi
Quando se volta dói
Só dói e dói
Rodrigo Pires
sábado, 16 de janeiro de 2010
Homem Cão
Mulher, não tive nenhuma
Uma mulher se cosntroi com aquele pouco de açucar que resta do teu eu
Na medida exata de um punhado de massa que não se acumule aos cantos
A palavra doce que escorre da boca de um canário ao te gritar: - Canalha
Já o nome. O nome, é dificil poder ser Cis,Sas,Ás e Zes.
É só isso é nada mais.
Sem letra ou sílaba rasga o peito e morre nú
Agora o amor!
O amor é sem vergonha, quando se ganha não quer e quando se perde não ama
Assim o homem é um cachorro nato, um vira-lata
Mas vos digo se todos os cachorros fossem como eu
não restaria um poste mijado
É sim muitas cadelas bem amadas...
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Avesso
Morte e dor; Vida e cor
Quero o mar virando lar pra cá e já
Não posso esperar
Se não posso tocar a distância
Posso trovar aos ouvidos
O triste ensaio de uma poesia
Mórbida e Pálida
Sem cor não há vida e se sem "ela" não há amor
Já dizia Janu;
"Não vou julgar, por qualquer que seja
o ensejo de tua poesia apenas lambuze o papel"
Se os porcos não escrevem:
Escrevemos então...
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Alegria Criada
Avistei uma nuvem de solidão, deitei minha cabeça em verdes brumas
Pensei, pensei e pensei....
Minha cabeça já doía não, mas que o peito
Procurando uma solução intransponível desistir
Ontem morri, hoje padeço e amanhã sofro
Ninguém cria nada na alegria
O que diria “Vininha” sé fosse feliz todos os dias¿
“Nada"
Rodrigo Pires
domingo, 10 de janeiro de 2010
Domingo é apenas domingo
Garrafas ao lado do manuscrito, fotos com recados de “eu te amo”
Fixadas na parede de um quarto que não quer calar, tem medo e credo
Acordar no domingo é como não acordar é um dia simplório
Que faz mal a quem é errante com a doutrina familiar
Saudade das meninices no campo aonde correr era vencer na vida
Se esconder; sinônimo de inteligência e ganhar um par ou impar sempre foram considerados prêmios da “mega sena”
Tenho uma saudade boa de tudo isso
Mas no domingo não sinto!
Domingo é apenas domingo.
Rodrigo Pires
sábado, 9 de janeiro de 2010
Mulher Veraneio
Mulher Veraneio, surrapeia meus beijos de dezembro a janeiro.
Depois se vai, não é aqui teu lugar
Tem de navegar por outros mares
Mas me prometa!
No carnaval dance; ou meu samba pode ficar doente
Em maio cuide-se; nossas mães prevêem um ventre
E quando o sol de julho chegar volte:
Como a mulher que espera o romano da guerra
Estarei á porta para viver mais um breve e apaixonante “veraneio”
Rodrigo Pires
O conselho do Rio
Sentei. Sentei-me à beira rio
Não para escrever, queria desabafar!
Procurei nas encostas por ouvidos, para minhas duvidas afagar
O rio não tem ouvidos, mesmo assim gritei.
- Rio meu me diz! Estou certo por essa margem seguir¿
E o rio nada respondeu.
Atirei uma pedra com raiva em seu leito, a pedra que de modo carnavalesca se despediu sem nada me dizer! Estava mais feliz agora.
Puxei meus cabelos, fiquei com raiva de mim, chorei em silêncio.
Depois de alguns minutos tentei com alguns amigos esse desespero reprimir.
Apelei!
Tenho mil contatos somados, mas agora não tenho ninguém por perto.
Só tenho o rio que mesmo calado continua ao meu lado, me aconselhando:
“..................................................”
O silêncio!
Rodrigo Pires
domingo, 3 de janeiro de 2010
Sinal perto dos lábios
E como o farol que avisa ao navegante que o arrecife está ao lado
É um perigo, quase uma valsa negra
Sem duvida é a melhor pista para um tesouro de carne
Parece uma trilha, uma nascente ou um tapete vermelho que me recebe
E Aquece-me...
Só quem beijou uma mulher com sinal perto dos lábios
Sabe que um (.) não é o final para uma frase e sim o começo de um novo entrelace
Rodrigo Pires