quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Vou fazer um pedido

Eu quero falar, mas não consigo.
Ninguém me escuta então escrevo.

Escrevo para me escutar, para me calar, para gritar e para me sentir.
Escrevo....
No papel, no teclado, no espelho, no seu corpo
Escrevo...
Será meu castigo escrever para a minha solidão ler e reler.
Ah, pobre palavra te uso sem direito e tu sempre sai de minhas mãos
Mas nasce dentro do meu coração, este que se comporta como uma
Estante de títulos ordenados Z á A, tudo errado ao contrário.
Ou,
Ou então estou certo, guardo assim porque gosto de ver a vida de trás para frente, porque nascemos para morrer e morremos para nascer.
Vou fazer um pedido!
Da próxima vez que eu morrer, dei-me algo para escrever para que minha solidão leia e releia antes que eu venha a nascer.

Rodrigo Pires
Marília – São Paulo 16 de julho de 2009.

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