domingo, 10 de janeiro de 2010

Domingo é apenas domingo

Um cheiro de boca que vê o sapato quase ralo de tanto passarinhar
Garrafas ao lado do manuscrito, fotos com recados de “eu te amo”
Fixadas na parede de um quarto que não quer calar, tem medo e credo
Acordar no domingo é como não acordar é um dia simplório
Que faz mal a quem é errante com a doutrina familiar
Saudade das meninices no campo aonde correr era vencer na vida
Se esconder; sinônimo de inteligência e ganhar um par ou impar sempre foram considerados prêmios da “mega sena”
Tenho uma saudade boa de tudo isso
Mas no domingo não sinto!
Domingo é apenas domingo.


Rodrigo Pires

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